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Poema de fim e (re)começo

event_note23/12/2024 09:18
O tempo pendula,
fica para trás
um tanto
de pranto,
de riso.
Fica uma mistura entrópica
deste chorar e sorrir,
deste crer e descrer
no porvir.


Quintana nos convenceu
que
“o ano novo ainda não tem pecado”,
e o embalar
é, talvez, o único caminho
que nos é dado.

Embalemos.
Embolemos.
Empolemos
com o cheiro de guardado.

Drummond nos receitou
que
é dentro de nós que o ano novo
“cochila e espera desde sempre”,
e não adianta chorar
pelo leite derramado.

Não choremos.
Não condenemos.
Não cobremos
de nós preço demasiado.

Daqui a pouco o ano novo envelhece,
e então
buscaremos,
quintana e drummondianamente,
novos (re)começos
entre tropeços,
abraços,
erros,
acertos,
cansaços
e, buarqueanamente,
com "aquela esperança
de tudo se ajeitar".

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